quinta-feira, 7 de junho de 2012

Sintonia - Apará



Para haver incorporação fiel é imprescindível que se estabeleça a sintonia da mente do médium com a mente do espírito. O mecanismo das comunicações espirituais é regido de acordo com o tipo de mediunidade e o estado psíquico dos agentes - ativo e passivo - valores espirituais, etc.

Estabelecida a sintonia entre entidade e médium, o pensamento do primeiro se exterioriza através do campo físico do segundo, em forma de mensagens e manipulação. Na incorporação, o Apará cede o corpo à entidade, mas, de acordo com os seus próprios recursos, pode comandar a comunicação, fiscalizando os pensamentos, disciplinando os gestos e controlando o vocabulário do Espírito.

O pensamento do Espírito, antes de chegar ao cérebro físico do médium, passa pela consciência espiritual, com isso pode, pela sua consciência Iniciática, fazer ou não fazer o que a entidade pretende.

Sintonia é entendimento, harmonia, compreensão, ressonância ou equivalência. Portanto, na incorporação, é um fenômeno de harmonia psíquica, funcionando naturalmente, a base de vibrações. Duas entidades, o encarnado e o espírito, estarão com as mentes perfeitamente entrosadas, formando uma ponte magnética a vinculá-las, imantando-as profundamente. Estarão vibrando na mesma faixa, intimamente associadas.

Observem o grande amor e desprendimento de nossos Mentores ao se disporem a realizar a caridade! São espíritos de Luz, vibram em um padrão muito, mas muito mais elevado que o nosso. E se revestem de uma roupagem simples, como a de um Preto Velho, para “densificar” sua Luz, para terem condições de serem compreendidos e para vibrarem na mesma faixa de um encarnado.

Nas incorporações de sofredores é triste quando um Apará se deixa sugestionar, permitindo que extravasem seus desequilíbrios, entrando em um padrão mais baixo. Isso normalmente acontece quando o médium desconsidera sua grande responsabilidade na incorporação.

Controlar as manifestações mediúnicas, evitando, sempre que possível, respirações ofegantes, gemidos, gritos e contorções, batimento de mãos e pés ou gestos desafiadores. É normal “sentir vontade” de fazer tudo isso, pois é a expressão do sofrimento do irmãozinho, mas cabe ao Apará se opor a estas sugestões, moderando com sua consciência.

Na Mesa, ou nos Tronos, como um irmãozinho poderia aproveitar melhor a Doutrina e a energia empregada pelo Doutrinador? Através de um Médium com quem se identifica e dá vazão aos desequilíbrios, ou através de um médium que naturalmente irradia vibrações de paz e harmonia, auxiliando o Doutrinador a envolvê-lo com Luz e energia?

Praticamos a Cura desobsessiva, não é? A desobsessão é obra de reequilíbrio, refazimento, nunca de agitação e teatralidade.
Claro que existem situações difíceis de controlar, o Apará não é uma máquina, é um humano carregado de todas as emoções, e estas emoções as vezes encontram identificação com as do sofredor. Mas cabe o alerta! Tem que estar bem, pronto para o trabalho! Pois se colocou o uniforme está para servir, para praticar a caridade, e ninguém pode dar o que não tem.

A Mesa Evangélica é para a passagem de espíritos recém-desencarnados que necessitam de uma energia magnética animal para seguir viagem. São trazidos pelos seus Mentores, recebem um esclarecimento, a energia e seguem!

Mesas Especiais, para Centuriões, o Trino Araken realizava pelas condições que lhe foram confiadas.

Fazer uma “puxada”, em um dia de Retiro, sob total responsabilidade do Presidente e do Comandante, pode até acontecer.

Mas no “dia a dia”, a Mesa não pode ser uma fonte de desequilíbrio e desarmonia.

Ficamos com esta pequena introdução, ainda teremos que aprofundar sobre a Mesa e chegar aos Tronos, e abordar a sintonia do Doutrinador.

Kazagrande

Texto baseado no texto enviado pelo Mestre Jorge Gouvêa.
“A mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos”.
“Em mediunidade não podemos descuidar do problema da sintonia”.

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