segunda-feira, 11 de junho de 2012

Perdao – Dia de Angical


Hoje é Dia de Angical e como estes dias postei um tópico sobre este maravilhoso trabalho, senti que deveria hoje escrever sobre um dos elementos mais importantes desta feliz oportunidade de reajuste: O Perdão!

Como podemos falar abertamente com um irmãozinho sobre a necessidade dele em perdoar, e muitas vezes perdoar a nós mesmos, se ainda temos no coração a mágoa?

Claro que dependendo da situação, da ofensa recebida é difícil compreender, aceitar e perdoar. Porém analisemos a questão da mágoa carregada de maneira franca, sem máscaras, sem se ocultar no prisma do justiceiro, ou de injustiçado.

A mágoa pode estar em relação àqueles que já passaram em nossas vidas. Cobraram seu quinhão e nos deixaram! Não há justificativa para continuarmos a vibrar contra quem já se foi. Não há como avaliar o quanto poderíamos estar devendo a aquela pessoa, e se prejuízo foi apenas financeiro então... Salve Deus! A forma mais barata de se pagar uma dívida, de se realizar um ajuste espiritual é com dinheiro, com bens materiais. Passou... Ficou no passado! E se nada devíamos a este que nos causou a “dor no bolso”, melhor ainda! Estaremos semeando o perdão para nossos próprios momentos difíceis, para apresentar aos nossos reais cobradores.

Em outras situações a mágoa é mais próxima, é familiar! Ou mesmo tem o sabor amargo da traição de quem tanto confiávamos... Sorver o fel da decepção, perdoando verdadeiramente, é o caminho para a evolução. É compreender que muitas vezes magoamos com nossas atitudes, gestos, ações, e sem saber. Sem real consciência de nossas atitudes, pois nossa mente desconhece a realidade do coração do próximo.

O perdão verdadeiro é aquele que não deixa vestígios, que permite um sorriso compreensivo e fraterno, face a falha de qualquer irmão. Dizer “eu perdôo, mas nunca mais quero ver esta pessoa” é mascarar a mágoa, a terra que ainda está em nosso coração. O perdão sincero traz o verdadeiro amor incondicional. Recebe de volta o ofensor com o sorriso de quem tem a missão divina de auxiliar. De quem se coloca no lugar do próximo e procura compreender suas fraquezas e razões, de quem sabe que deve continuar ajudando se for procurado e nunca fecha a porta devolvendo na mesma moeda.

Quando eliminamos a mágoa, quando tiramos a terra do nosso coração, não precisamos mais de máscaras de falsa humildade e capas de justiceiro. É que verdadeiramente evoluímos, damos um passo em direção a ter o direito de pedir perdão aos que ferimos.

Perdoar a si mesmo é outra condição igualmente difícil... Principalmente para um Mestre, ou Ninfa, consciente que seus erros, suas falhas, suas franquezas, geraram dor ao semelhante. Mas é fundamental que nos perdoemos e possamos construir um novo começo, como dizia Chico, não dá para voltar a atrás e fazer de novo, mas dá para fazer um novo começo!

Recomeçamos a cada dia! Semeamos hoje, o amanhã, pois o fruto hoje já estamos colhendo de semeaduras passadas. Perdoar a si mesmo opera um verdadeiro milagre em nossas vidas, pois dá esperança e forças para continuar! Perdoar a si mesmo e todas as pessoas envolvidas na situação, sem culpar ninguém, afinal não importa quem teve razão.

Devemos livrar a todos, incluindo a nós mesmos, do fardo da culpa que impede o crescimento espiritual. Assim também diminuindo um pouco nosso peso cármico... Somos médiuns, escolhidos e acolhidos por um Pai amoroso, sabedor de nossos carmas, na maioria das vezes, bastante pesado.

Ao perdoar trocamos nossas dívidas maiores por dívidas menores, através do merecimento. Passamos a compreender um pouco mais dos desígnios da Espiritualidade Maior, aonde tanto almejamos chegar.

Não pode haver evolução sem perdão! Perdão verdadeiro! O perdão evita muitas doenças da alma, as mais difíceis de sanar. Traz de volta a luz aos nossos pensamentos e harmonia ao nosso coração.

Hoje é Angical... Perdoe a tudo e a todos antes de ir ao Templo. Sinta o alívio e a inspiração que lhe proporcionará para este trabalho! E que possamos merecer tudo que nos aguarda!

Um fraterno abraço,

Kazagrande

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